Veja como foi a live “Virando o jogo: Produtividade, Inovação e Mercado” dessa quarta
A AFEAL realizou na tarde da última quarta-feira, 29 de julho, mais um evento ao vivo da série “Virando o Jogo”. Desta vez, o tema foi “Produtividade, Inovação e Mercado”, e contou com a participação de Fernando Wongtschowski, gerente de estratégia comercial e marketing da CBA, Fábio Luiz D’Amore, gerente geral da Saint-Gobain Compósitos, Marlon A. Neves, diretor responsável pelas operações no Brasil e controladoria das unidades na Argentina e Chile da Roto Fermax, além do presidente da AFEAL Alberto Cordeiro.
Home-office e produtividade
O bate-papo produtivo teve início com a abertura oficial de Cordeiro, que reafirmou o compromisso da entidade em levar temas relevantes aos fabricantes de esquadrias, para que eles tenham mais embasamento para tomar decisões assertivas em seus negócios. “Nós precisamos estar sempre abertos a aprender e a nos reinventarmos, todos os dias. E a Covid trouxe a necessidade imediata de transformação digital, de repensarmos a produtividade, a inovação e os novos mercados”, afirmou.
O tema da nova realidade do home-office iniciou os debates, com todos os presentes explicando como foi feita a transição em cada uma das empresas e como enxergam o futuro. “Certamente teremos algo entre a realidade atual e como era antes. Ganhamos produtividade, não temos de perder tempo com o trânsito”, disse D’Amore. “Nosso modelo de monitoramento, mesmo antes da pandemia, já era focado na autonomia dos times. Focamos nas entregas. Nos preocupamos em oferecer ao colaborador em casa, condições adequadas de trabalho, um ambiente onde seja possível ser produtivo, com condições ergonômicas, por exemplo”, acrescentou.
Para Wongtschowski, todas as empresas tiveram dúvidas no começo. “Para se ter trabalho remoto, é necessário um mindset digital e já tínhamos uma estrutura para isso. Com o home office, temos mais tempo, uma flexibilização da rotina. Vejo um futuro mais híbrido. E, mesmo à distância, mantemos a CBA o mais próximo possível da equipe”.
“Nosso setor pode ser mais produtivo. A construção civil é carente de soluções e ideias simples podem gerar muitos ganhos em produtividade. Se pensarmos, quem pode trabalhar em home-office é apenas uma parcela pequena dos colaboradores. As mudanças na planta geraram ainda mais impacto”, contou Neves sobre as transformações na Roto Fermax.
Engajamento da equipe
Alberto Cordeiro explicou que a chave da produtividade está no envolvimento das pessoas. “O engajamento é essencial para o sucesso, seja no trabalho presencial ou remoto. E aí o papel da liderança é fundamental”. Ele também falou sobre o impacto do digital para as associações de classe, como é o caso da AFEAL. A revolução digital é, sem dúvida, uma ferramenta muito importante. Podemos fazer entregas maiores, com menores recursos. Veja o exemplo deste evento. Estamos tendo uma maior produtividade da associação. É como se estivéssemos em um auditório lotado, com um custo muito mais baixo”, disse.
Estoques, caixa, produção na obra
Temas como estoques e caixa, embalagens e venda direta também foram discutidos pelos executivos. “Por questões tributárias – ISS versus ICMS, alguns acham mais vantajoso produzir dentro da obra, mas na obra não é possível fazer com a mesma qualidade. É uma armadilha para a produtividade. Estamos levando essa discussão para os governos, CBIC, Abrainc. E não estou falando somente do nosso setor. Conjuntos hidráulicos é outro exemplo de produtos que já podem chegar prontos, feitos na fábrica, com um custo menor. O custo de fazer bem feito na obra é muito maior”, disse Cordeiro.
Compartilhamento
Quando o tema das inovações tecnológicas surgiu, Wongtschowski contou que o investimento em pessoas é uma das premissas da CBA. “O papel do treinamento e capacitação é essencial. Trabalhamos para que nosso cliente tire o melhor de cada produto. Temos nosso departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e colocamos a nossa estrutura à disposição para os parceiros”, disse.
Inovação é para todos
Toda inovação é disruptiva? Os participantes também compartilharam uma visão de inovação bem mais próxima da realidade do pequeno e médio empresário, em processos e capacitação de pessoas, a partir de pequenas ideias. “Às vezes não é apenas sobre comprar uma máquina. Pode ser preciso ser um pouco mais 2.0 antes de ser 4.0. Falar de internet das coisas enquanto ainda fazemos pedidos em papel é um contrassenso. Temos grandes desafios e oportunidades em mãos”, afirmou Neves.
“Temos que desmistificar a inovação como algo muito distante”, disse Cordeiro. “Até mesmo para isso, criamos a Academia AFEAL, vale a pena conhecer. Falando sobre a nossa empresa, estamos há 2 anos implementando conceitos da indústria 4.0 e vemos que a tecnologia já está a um custo mais acessível, como sensores para aferir a produtividade”, contou.
A live ainda teve um balanço do mercado e previsões para os próximos meses, apresentação de dados otimistas da construção civil além de outros assuntos como o Marco Regulatório do Saneamento, qualidade e PSQ, entre outros.