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Dados da Economia Brasileira na semana: 07/11 a 11/11
* Expectativas do mercado (Relatório Focus/Banco Central): a mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 04 de novembro, indica que o IPCA de 2022 deve encerrar em 5,63%. Para o PIB, a expectativa de crescimento ficou em 2,76%. No que se refere à taxa de câmbio, o mercado continua esperando que esta feche o ano em R$/US$ 5,20. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa SELIC permanece em 13,75% a.a. Para 2023, as expectativas sinalizam um crescimento para o PIB de 0,70%. A perspectiva para o nível de preços, medido pelo IPCA, ficou em 4,94%. A taxa Selic, por sua vez, deve fechar o próximo ano em 11,25%. O câmbio permaneceu em R$/US$ 5,20.
* PMI Composto e PMI Serviços do Brasil (HSBC): o PMI Composto para o Brasil encerrou o mês de outubro em 53,4 pontos, o que representa um aumento de 1,5 ponto na comparação com o mês anterior (51,9 pontos). Esse resultado reverte a trajetória de queda observada nos últimos três meses. O PMI Serviços, por sua vez, continua sinalizando expansão da atividade do setor no mês de outubro ao atingir 54,0 pontos, um aumento de 2,1 pontos em relação ao mês anterior. Esse foi o melhor resultado desde julho deste ano. Resultados acima de 50 pontos representam expansão das atividades e abaixo, redução.
* Indicadores industriais (CNI): o Faturamento Real da indústria brasileira caiu 0,2% no mês de setembro na comparação com o mês anterior, nos dados com ajuste sazonal. O indicador de Emprego caiu 0,4%, e o de Horas Trabalhadas foi reduzido em 1,1%. Massa Salarial e Rendimento Real apresentaram variações positivas no mês, de 0,3% e 0,7%, respectivamente. Por fim, a Utilização da Capacidade Instalada foi levemente reduzida em 0,1 p.p., fechando setembro em 80,2%.
* Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IBRE/FGV): o IGP-DI caiu 0,62% em outubro, mantendo a deflação observada desde julho. Este resultado veio acima da expectativa do mercado, que era de redução de 0,74%. No mês, o IPA-DI (Índice de Preços Amplo) caiu 1,04%, mantendo a tendência de deflação observada nos meses anteriores. Dentro do IPA, os produtos agrícolas apresentaram variação negativa de 1,79% dos preços, já os produtos industriais registraram queda de 0,73% no mês. O IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor) aumentou 0,69% em outubro, e o INCC-DI (Índice Nacional da Construção Civil) subiu 0,12%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-DI tem alta de 5,59%.
* Produção de autoveículos (ANFAVEA): a produção nacional de veículos automotores caiu 12,9% no mês de outubro frente ao mês anterior, nos dados sem influências sazonais. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a produção de veículos automotores exibe aumento de 15,1%. Já a produção acumulada até outubro deste ano apresenta crescimento de 7,1%. No acumulado em 12 meses, a produção está com crescimento de 4,4%.
* Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE): o volume de vendas no comércio varejista no mês de setembro aumentou em 1,1% na comparação com o mês anterior, considerando os dados com ajuste sazonal. Este resultado ficou acima da estimativa do mercado para o mês (+0,2%). No acumulado em 12 meses, registra-se queda de 0,7% do comércio varejista. Quanto ao volume de vendas do varejo ampliado, que inclui as vendas de materiais de construção e de veículos, motocicletas e peças, houve aumento de 1,5% em setembro em relação ao mês anterior, dados dessazonalizados. Este resultado veio acima da expectativa do mercado (+0,7%). No acumulado em 12 meses, houve redução de 1,6% das vendas no varejo ampliado.
* Índice Geral de Preços – Mercado (IBRE/FGV): o IGP-M recuou 0,60% na primeira prévia de novembro, após cair 0,97% no mês anterior. Quando analisados os componentes do IGP-M, o destaque foi o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado), que apresentou queda de 0,91% na primeira prévia de novembro, redução menor que a verificada nos meses anteriores (-1,27% em setembro e -1,44% em outubro). O IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado) apresentou alta de 0,38% na primeira prévia de novembro, mantendo o movimento de alta observado no mês anterior. Por fim, o INCC-M (Índice Nacional da Construção Civil – Mercado) ficou perto da estabilidade ao aumentar 0,03% na prévia, em linha com a variação registrada no mês de outubro, quando avançou 0,04%.
* Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE): o IPCA registrou alta de 0,59% em outubro, resultado 0,88 p.p. maior que o apurado em setembro (-0,29%). O índice veio acima da estimativa do mercado para o mês, que era de aumento de 0,49%, e corresponde à primeira alta após três meses consecutivos de deflação. Os preços livres (+0,73%) foram os principais responsáveis pelo aumento do nível de preços no mês. Os preços administrados também registraram alta, de 0,18%. No acumulado em 12 meses, o IPCA registra alta de 6,47%, sendo que os preços livres apresentam aumento de 9,91%, e os preços administrados, deflação de 2,79% nesta métrica.
* Fluxo de veículos nas rodovias com pedágio (ABCR): o fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas aumentou 0,4% no mês de outubro em comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Dentre as categorias acompanhadas, o fluxo dos veículos leves aumentou 3,5% na passagem de setembro para outubro, e os veículos pesados apresentaram redução de 1,3% no período. Na comparação com o mesmo mês do ano de 2021, houve aumento de 3,5% do fluxo total de veículos nas estradas com pedágio. Já no acumulado em 12 meses, o indicador registra aumento de 6,8% do fluxo total de veículos.
* Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE): o setor de serviços avançou 0,9% no mês de setembro em relação ao mês anterior, segundo dados livres de influências sazonais. No acumulado em 12 meses a PMS registra alta de 8,9%. Já na comparação entre setembro de 2022 e o mesmo mês de 2021, houve crescimento de 9,7%. Na avaliação trimestral entre julho-setembro de 2022 e o mesmo período do ano anterior o volume de serviços aumentou 8,2%
Dados da Economia Internacional na semana: 07/11 a 11/11
* Produção industrial da Alemanha (Bundesbank): a produção industrial da Alemanha aumentou 0,8% em setembro na comparação com o mês anterior. Este resultado veio após dois meses consecutivos de queda (julho: -0,4% e agosto: -0,7%), considerando dados dessazonalizados. No ano (em relação a dezembro de 2021), a produção industrial do país está defasada em 1,4%. Este resultado foi puxado, sobretudo, pela queda observada em março (-4,8%). Já em relação a setembro de 2021, a produção industrial alemã registra queda de 7,8%.
Síntese da semana:
Os indicadores de atividade divulgados ao longo da semana indicaram expansão tanto do varejo quanto do setor de serviços. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, o volume de vendas no comércio varejista cresceu acima das expectativas entre agosto e setembro, desempenho relacionado à continuidade dos estímulos fiscais, sobretudo ao aumento do valor do Auxílio Brasil, e ao arrefecimento da inflação nos últimos meses. Da mesma forma, a Pesquisa Mensal de Serviços sinalizou crescimento acima do esperado para o setor neste mesmo período (+0,9%).
Em relação à inflação, o IGP-M continuou registrando deflação na primeira prévia de novembro, movimento explicado pela retração dos preços ao produtor, uma vez que os preços ao consumidor voltaram a apresentar variação positiva, após três quedas consecutivas. Apesar da queda, é possível notar moderação na retração do IGP-M nesta primeira prévia. O IPCA, por sua vez, registrou a primeira alta em outubro (+0,59%) após três meses consecutivos de deflação, resultado puxado, sobretudo, pela aceleração dos preços dos alimentos e pela dissipação da queda dos preços dos combustíveis. De acordo com o último Relatório Focus, o mercado espera que o IPCA encerre o ano de 2022 em 5,63%, acima do teto da meta. Já para 2023, a expectativa é que o IPCA feche em 4,94%.
No que tange a atividade industrial, os dados divulgados pela ANFAVEA sinalizaram queda da produção de autoveículos na variação mensal de outubro (-12,9%), no entanto, o indicador mantém crescimento de 7,1% no ano. Por fim, o crescimento do fluxo de veículos nas rodovias com pedágio em outubro foi puxado por veículos leves, dado que o fluxo de veículos pesados foi reduzido na passagem entre setembro e outubro.
Portanto, o cenário atual evidencia um setor de serviços resiliente e leve recuperação do setor varejista. No entanto, o forte aperto monetário, a deterioração das condições financeiras, a perda de fôlego do movimento de deflação observado nos últimos meses e a desaceleração global são pontos de atenção para a atividade econômica até o final de 2022 e 2023.
Agenda Econômica para a próxima semana: 14/11 a 18/11
14/11/2022 (Segunda-feira):
* Banco Central divulga o Relatório Focus.
* Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
* Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT) divulga a Balança Comercial Semanal.
16/11/2022 (Quarta-feira):
* FED divulga a Produção Industrial dos EUA.
17/11/2022 (Quinta-feira):
* FGV divulga o Índice Geral de Preços -10 (IGP-10).
18/11/2022 (Sexta-feira):
* CNI divulga a Sondagem Industrial.