Os números da semana
Dados da Economia Brasileira na semana: 24/10 a 28/10
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Síntese da semana: As sondagens divulgadas ao longo dessa semana indicaram deterioração da confiança dos agentes econômicos. O Índice de Confiança do Consumidor continuou sinalizando pessimismo, com destaque para a piora do índice de expectativas. Neste mesmo sentido, a indústria apresentou queda na confiança em setembro, resultado puxado principalmente pela piora da situação atual. Os setores de serviços e comércio, por sua vez, reverteram a situação de otimismo verificado em setembro e passaram a sinalizar pessimismo, desempenho influenciado, sobretudo, pela piora das expectativas. Por outro lado, os indicadores relacionados ao mercado de trabalho brasileiro seguem apresentando sinais de aquecimento. A taxa de desemprego caiu para 8,7% no trimestre móvel encerrado em setembro, como reflexo do aumento das pessoas ocupadas. Essa foi a sétima queda consecutiva da taxa de desemprego no país. Ainda em relação ao mercado de trabalho, o Brasil abriu 278.085 vagas em setembro, enquanto o estado de São Paulo criou 61.167 novas vagas. No que diz respeito à inflação, o IGP-M ampliou a queda verificada nos meses anteriores ao registrar deflação de 0,97% em outubro. Este resultado foi puxado, sobretudo, pela deflação do IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado), com destaque para a queda dos preços de combustíveis e leite in natura. Já o IPCA-15 registrou a primeira variação positiva em outubro, após dois meses consecutivos de queda, resultado puxado pelo aumento dos preços livres e queda menos expressiva dos preços administrados. Ao destacar a permanência de riscos que podem levar à alta da inflação, como a persistência das pressões inflacionárias globais e as incertezas em torno do futuro do arcabouço fiscal brasileiro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) anunciou a permanência da taxa básica de juros (SELIC) em 13,75% a.a. Portanto, os indicadores divulgados recentemente indicam deterioração da confiança em todos os setores, sobretudo no que diz respeito às expectativas, o que reforça a possibilidade de um desempenho menos robusto da atividade econômica nos próximos meses. O mercado de trabalho brasileiro, por sua vez, segue aquecido, muito influenciado pelos resultados positivos apresentados pela economia brasileira no primeiro semestre. Por outro lado, a política monetária permanece em terreno contracionista. Para os próximos meses, a atividade econômica deverá refletir os efeitos defasados do aperto monetário e da desaceleração global. |
Agenda Econômica para a próxima semana: 31/10 a 04/11
31/10/2022 (Segunda-feira):
01/11/2022 (Terça-feira):
02/11/2022 (Quarta-feira):
03/11/2022 (Quinta-feira):
04/11/2022 (Sexta-feira):
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