Organização setorial: AFEAL e outras entidades alinham pautas com o Governo em Brasília
A AFEAL e outras entidades setoriais marcaram presença em Brasília na última semana, tanto para alinhar temas de interesse do setor durante o governo de transição com os poderes executivo e legislativo, quanto para planejar as ações do Grupo Construção É + para o ano de 2023.
O grupo é formado por diversas entidades setoriais, incluindo a AFEAL e atua em conjunto desde maio de 2022. Participaram das reuniões na capital federal o presidente da AFEAL Alberto Cordeiro, José Carlos Martins (Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC); Rodrigo Navarro (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – Abramat); Geraldo Defalco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – Anamaco); Lucien Belmonte, o superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), ; Íria Lícia Oliva Doniak (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto – ABCIC); Luiz Cornacchioni (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati); Luiz Antônio Martins Filho (Associação Brasileira do Drywall – Drywall); Cícero Araújo (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – Abrainc); e Natel Henrique Moraes (Associação Nacional da Indústria Cerâmica – Anicer).
Os encontros reuniram os deputados federais Arnaldo Jardim (Cidadania-SP, foto acima), Silvio Costa Filho (Republicanos-PE, foto abaixo) e Zé Neto (PT-BA) para debater as perspectivas para a nova legislatura e o papel da construção civil no desenvolvimento do País. Na pauta de discussão, estavam temas sensíveis como combate à informalidade e seus efeitos, competitividade, retomada de obras paralisadas, sustentabilidade, modelo regulatório do Inmetro e estratégia nacional do BIM, entre outros.
“Foram dois dias de muito trabalho”, contou o presidente da AFEAL Alberto Cordeiro. “Estamos trabalhando juntos para fortalecer o ecossistema da construção civil, que é composto por todas as entidades, fabricantes de material de construção, construtoras, incorporadoras, tudo que precisa para a obra pronta. Não utilizamos mais o termo cadeia, pois essa palavra não quer dizer cooperação. Esses 2 dias em Brasília foram fundamentais para alinharmos estratégias durante o Governo de Transição. Ajustamos as pautas para levar ao Governo que assume desde 1 de janeiro, conversando sobre as estratégias para os novos deputados e senadores que vão assumir na nova legislatura. Estamos interagindo tanto com executivo como legislativo. Também estamos acompanhando como está sendo composto o orçamento para o ano que vem e tivemos reuniões estratégicas de planejamento do Grupo Construção É + das ações para 2023”, contou.
Entidades unidas pelo bem comum
Para Lucien Belmonte, o momento é de buscar união para o crescimento. “Estamos juntos e trabalhando em prol da construção como um todo. É importante entendermos que a construção é um ecossistema onde todos precisam estar presentes da melhor forma possível e contribuindo para o bem comum que é o crescimento do mercado”.
José Carlos Martins, presidente da CBIC mostrou-se otimista com o grupo. “Entendo como essencial a união do setor em torno de objetivos comuns que possam elevar a atividade da construção, melhorar o desempenho e participação no nível da atividade econômica. Por isso, a importância desta união que estamos construindo por meio do diálogo entre as entidades”, afirmou.
Waldir Abreu, responsável pelo setor de parcerias da entidade, contou que as associações reunidas estão construindo um instituto para trabalhar a convergência em todos os setores em função do Grupo Construção É +. “O trabalho é pela construção com um todo, com o alinhamento estratégico para que efetivamente as ações melhorem a situação de todos – da habitação, da infraestrutura. O Grupo fala de interesses comuns e assim cumpre seu papel institucional. Estamos definindo os pilares para que tenhamos amplitude de comunicação, amplitude de pressão e atuação conjunta. Construção é mais: mais renda, mais saúde, mais emprego, mais desenvolvimento, mais contribuição para o Brasil”, contou.
Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT, também proferiu belas palavras sobre a organização das entidades. “Vivemos um tempo onde as externalidades impactam cada vez mais os ambientes de negócios e as organizações. Para fazer frente a tantas mudanças, os setores precisam se organizar, trazerem dados, produzirem diagnósticos precisos e – principalmente – propostas que possam ser avaliadas e implementadas. Nesse sentido, procurando dar visibilidade e foco à todo o ecossistema da construção, criamos a iniciativa Construção É +. Na complexa atividade de representação de interesses, o diálogo constante, ético, transparente e técnico é fundamental e esse é um dos propósitos que essa iniciativa visa contribuir. Vamos juntos!”, convidou.
Luiz Cornacchioni, presidente executivo da ABRAFATI, também vê a articulação entre as entidades como uma ação de fortalecimento do Brasil.“Minha leitura sobre essa iniciativa o ecossistema é fundamental para que a gente possa impulsionar o setor juntos, coordenados e focados. Em breve, teremos resultados positivos para toda a cadeia, cadeia esta muito importante para o País na geração de emprego, de renda. É um pilar essencial”, explicou.
Para o varejo da construção, conversar é realmente o caminho. “Tenho absoluta convicção de que o encontro que tivemos em Brasília, organizado pelas entidades do setor da construção, muito irá contribuir com este período de transição do Governo Federal. O diálogo de forma plural e não partidária, nos têm feito focar no bem-estar da sociedade. É importante ressaltar que estiveram presentes parlamentares de diferentes partidos e isso indica que estamos no caminho correto”, ressaltou Geraldo Defalco, presidente Anamaco.