Dados da Economia Brasileira na semana: 05/12 a 09/12
Dados da Economia Internacional na semana: 05/12 a 09/12
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Síntese da semana: Os dados econômicos divulgados ao longo da semana indicam esgotamento da trajetória de descompressão dos preços e arrefecimento da atividade econômica doméstica. O IGP-DI manteve a tendência de deflação observada desde julho, ao cair 0,18% em novembro. A queda, no entanto, foi atenuada, de modo que a taxa de variação acumulada em 12 meses voltou a apresentar aceleração. Esta minoração da deflação na passagem mensal está relacionada, sobretudo, à queda menos expressiva dos preços do minério de ferro e à inversão de sinal da variação dos preços dos combustíveis, que passaram a acelerar. O IGP-M, por sua vez, registrou aumento de 0,35% na primeira prévia de dezembro, a primeira alta após quatro meses seguidos de deflação. Nesse mesmo sentido, o IPCA registrou a segunda alta consecutiva ao avançar 0,41% em novembro, movimento puxado principalmente pelo aumento dos preços administrados, com destaque para a aceleração dos preços dos combustíveis. No que se refere ao comércio varejista, as vendas do setor cresceram no mês de outubro, porém em menor magnitude. O desempenho positivo do setor na passagem mensal está relacionado a um conjunto de fatores, como o arrefecimento da inflação, o impulso das vendas de eletrodomésticos em virtude da Copa do Mundo e a continuidade dos estímulos fiscais, sobretudo o aumento do valor do Auxílio Brasil. Tais elementos têm contrabalanceado os impactos do aperto monetário, do aumento da inadimplência e do endividamento das famílias. Em relação ao setor produtivo, no mês de novembro foi registrado crescimento nas vendas de veículos automotores, bem como aumento da produção de autoveículos, que interrompeu a sequência de dois meses consecutivos de queda. Ainda no que se refere ao setor industrial brasileiro, houve aumento do faturamento real e do emprego no mês de outubro, com estabilidade da utilização da capacidade instalada. Por outro lado, o PMI Composto brasileiro de novembro passou a sinalizar contração da atividade do setor privado brasileiro após uma sequência de 17 meses consecutivos de expansão, o pior resultado desde maio de 2021, que já reforça o quadro de enfraquecimento da atividade econômica. Por fim, ao considerar o cenário de desaceleração da atividade econômica e o cenário externo adverso, o Banco Central decidiu pela manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira em 13,75% a.a. Em seu comunicado sobre a decisão, o comitê destacou que acompanhará especialmente os desdobramentos da política fiscal brasileira e seus impactos nos preços. De acordo com o último Relatório Focus, a expectativa do mercado é que o IPCA encerre 2022 em 5,92% e a taxa Selic em 13,75%. Para o próximo ano, é esperado que o índice de preços feche em 5,08% e a taxa Selic em 11,75%. |
Agenda Econômica para a próxima semana: 12/12 a 16/12 12/12/2022 (Segunda-feira):
13/12/2022 (Terça-feira):
14/12/2022 (Quarta-feira):
15/12/2022 (Quinta-feira):
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