AFEAL participa de reunião da CBIC sobre desempenho da construção
No dia 29 de abril, o gerente geral da AFEAL Fernando Rosa participou de evento promovido pela CBIC, com foco no desempenho econômico da construção. No encontro, o presidente da CBIC, José Carlos Martins apresentou um estudo sobre o Desempenho Econômico da Indústria da Construção no primeiro trimestre de 2021.
Alguns destaques apontados pelo executivo da AFEAL:
– O ano de 2020, foi muito desafiador para o setor da construção civil.
Comparando com o ano anterior (2019) o estudo apurou que em 2020 o número de lançamentos imobiliários teve uma redução de 17,8%. Por outro lado, houve um crescimento das vendas em 9,8% o que possibilitou uma redução do estoque de imóveis em 12,3%.
– Em 2020, o melhor período de vendas ocorreu entre os meses de agosto a novembro. A partir do último mês de 2020, o nível de atividade da construção civil começou a perder intensidade.
– No primeiro trimestre de 2021 o índice que mede a situação financeira das empresas do setor recuou 5,3 pontos em relação ao último trimestre de 2020, caindo de 47,2 para 41,9 (número abaixo de sua média histórica, de 44 pontos). Este número foi apontado pela Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
– Os empresários entrevistados apontaram como principal problema a falta ou o alto custo das matérias-primas, seguido pela elevada carga tributária, demanda interna insuficiente, burocracia excessiva, inadimplência de clientes entre outras dificuldades.
Segundo o estudo, à medida em que se acentua a falta ou o alto custo dos insumos, o nível da produção da construção reduz; estes fatores dificultam o planejamento, atrasando os investimentos e a atividade econômica pela falta de garantia da execução dos contratos dentro do orçamento e dos prazos estabelecidos.
Embora haja uma diminuição de expectativas, a Sondagem apurou que os empresários ainda possuem expectativas positivas para suas atividades nos próximos seis meses, com o indicador relativos a lançamentos de novos empreendimentos permanecendo em um patamar positivo. Destaca-se que há três meses consecutivos os lançamentos estão perdendo o dinamismo.
Outra preocupação apontada na Sondagem é que a geração de emprego também possa ser afetada, mas cabe relembrar que, em janeiro e fevereiro foram criadas, no setor da construção civil, em média 44 mil vagas de trabalho e, em março o número ainda esta positivo com a criação de 25.020 vagas, de acordo com os dados do Novo Caged da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.
A economista Ieda Vasconcelos afirmou que foi necessária uma revisão de expectativas, pois diversos fatores prejudicaram o desempenho, como dificuldade no avanço das reformas necessárias para o Brasil, aumento dos custos e falta de insumos, o impacto da segunda onda da Covid 19 (muito mais forte), dificuldades na aplicação de vacinas (em ritmo lento), desvalorização cambial e instabilidade macroeconômica. Esta revisão aponta para uma redução de expectativa de crescimento da construção civil de 4% para 2,5% (PIB da construção civil para 2021).
O vídeo do evento e o Estudo Sondagem da Indústria da Construção podem ser acessados em:
https://cbic.org.br/industria-da-construcao-vai-do-otimismo-ao-mesmo-patamar-de-julho-de-2020/