AFEAL participa de “Diálogos CBIC” com toda a cadeia da construção
Na última sexta-feira, 3 de abril, a CBIC – Câmara Brasileira da Construção promoveu novo diálogo com CEOs de grandes empresas do setor da construção civil. A AFEAL participou da reunião, com sugestões e contribuições, levando as demandas de nosso setor.
A reunião teve como interesse expor as dificuldades que cada setor produtivo está sentindo com a situação atual e quais as decisões que estão sendo tomadas em cada um deles. Os debatedores foram exclusivos dos setores de aço, cimento, impermeabilização, tintas e tubos e conexões.
Todos os setores sentiram queda na demanda de produtos, mas estão trabalhando – mesmo que em forma reduzida, para que os estoques e a produção possam atender todos os fornecimentos necessários. Os maiores problemas são: queda de demanda e paralisação das obras.
Os setores estão se adaptando a essa crise e trabalhando junto aos seus stakeholders diretos para que consigam, junto aos municípios e estados, a manutenção da abertura de lojas de materiais de construção e especializadas, evitando que o setor sofra mais com a queda na demanda.
Outro problema que o setor da construção enfrenta é a falta de disponibilidade de crédito através dos bancos – juros altos, condições desfavoráveis a pequenos e médios construtores.
Pela visão de todos, há uma grande oportunidade do setor da construção civil ser um protagonista na retomada da economia brasileira, por conta da sua capilaridade e capacidade de geração de empregos. Para isso, devem ser feitos investimentos na área de infraestrutura (saneamento básico, habitação…) e transporte público. São áreas que já possuem carências, mas que vão ficar mais evidentes na pós crise.
Outras informações complementares que os executivos da AFEAL trazem da reunião para nosso mercado:
- a) Certeza de que a crise é de meses e não de anos.
- b) A retomada será de forma diferente, as empresas precisarão se reinventar. Mudar a forma de “ver as coisas”.
- c) A crise servirá de aprendizado e as empresas têm de se preparar para a retomada em um mercado “menor” e mais “pobre”.
- d) Os setores representados no dialogo afirmaram que não haverá desabastecimento, continuam a trabalhar, respeitando as medidas de saúde e que os suprimentos para produção estão chegando normalmente. Com uma ressalva: a restrição de circulação promovida por alguns estados e municípios.
- e) A queda no volume de vendas foi significativa.
- f) A crítica comum foi direcionada aos bancos (o crédito diminuiu e o custo do dinheiro aumentou). Osetor está bancário na contra-mão… Há indignação com os bancos. Se não haver crédito facilitado, irá ocorrer inadimplência em toda a cadeia produtiva.
- g) Importância do setor de construção ser considerado de utilidade pública.
- h) Importância de manter as empresas com caixa, mas destacando que as pessoas são mais importantes. Para a retomada, as empresas precisarão que suas equipes estejam montadas, pois sem pessoas não há geração de caixa. “Preservar empregos” foi a tônica. Evitar demissões.
- i) Entendimento que o Governo está tomando as medidas corretas, mas é necessário destravar na “ponta”.
- j) O CEO da Sherwin Williams destacou o PSQ de Tintas que promoveu a qualidade do setor – o mercado brasileiro de tintas é o 5º maior do mundo.
- k) O VP da CBIC, Dionysio Klavdianos, destacou a importância de materiais conformes e combate à não-conformidade.
- l) Produtividade, logística, crédito e evitar desperdícios (menos viagens, menos deslocamento foram citados como variáveis para mitigar a crise).
Veja como foi a reunião na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=7y4HYVx-MTY