5º Encontro ‘Negócios da Construção’ traz ‘parceria’ como palavra-chave
Alguns dos principais líderes de entidades setoriais estiveram reunidos na manhã dessa quarta-feira, 22 de setembro, para o encontro “Negócios da Construcão”, realizado na plataforma Club House. O evento desta vez trouxe como tema “Valorizando parcerias e otimizando ganhos”, e como mediador Wagner Lopes da ABESC. Também marcaram presença Fernando Rosa da AFEAL, Rodrigo Navarro da Abramat, João Batista, do IBTS, Maurício Fernandes de Jesus, da Abividro e Valter Frigieri Jr, da ABCP.
Wagner iniciou o evento convidando a todos para uma reflexão sobre o quanto se pode ganhar trazendo toda a cadeia produtiva para o debate inicial de um projeto. “No caso do setor de concreto, nós desempenhamos várias etapas – formulação, dosagem, transporte e podemos formular adequadamente para atender a qualquer desafio. Um produto mais caro no início pode oferecer um ganho muito maior, aumentar a área interna de uma construção e tornar as estruturas mais leves, por exemplo. Há uma infinidade de vantagens que compensam o custo. E esse tipo de coisa só pode acontecer no momento da concepção, pois depende do empreendimento”, explicou.
Ele citou diversos exemplos de soluções no setor que ofereceram ganhos. “Cada segmento entra no projeto num momento diferente, mas todos podem se beneficiar com este tema. Precisamos sensibilizar o empreendedor a buscar o apoio e mais informações de seus fornecedores”, afirmou.
Um case de sucesso de destaque no bate-papo foi a parceria entre as entidades para entregar a “parede de concreto”, moldada em loco, há cerca de 15 anos. O produto colaborou diretamente para a agilidade do programa Minha Casa Minha Vida.
Valter Frigieri, da ABCP, afirmou que a cadeia da construção ainda está começando a aprender a se organizar. “Se pegarmos como exemplo as montadoras, elas são excelentes em organizar a cadeia produtiva. Nosso setor ainda tem uma dispersão de atores. Precisamos unir os diversos segmentos, nós temos que fazer esse movimento. A construtora não tem condições de organizar isso para atender somente a sua demanda. No caso da parede de concreto do MCMV, a coisa deu certo porque tínhamos um ponto organizador e um sistema competitivo e um espaço onde a construtora podia trazer seus problemas”, contou.
João Batista, do IBTS, também lembrou da organização setorial da indústria eletrônica e também comentou a organização como o vetor de sucesso para o caso da parede de concreto. “Foi um momento, a necessidade de construir rápido, tudo isso favoreceu. Mas ainda sinto um pouco de resistência do construtor para ter uma equipe externa fazendo medições na obra dele. Ele precisa saber que estamos aqui para ajudar, contribuir”, disse.
Maurício Fernandes, da Abividro, contou de sua experiência com o vidro, segundo ele, lembrado apenas ao final da obra. “Muitas vezes o vidro só é envolvido na última etapa. Aí temos pouco a oferecer. Temos que focar na experiência do cliente e simplificar para ele. Escolher melhor no início é não o forçar ao final aceitar o único ‘que serve’”, explicou.
Fernando Rosa, da AFEAL, comentou sobre como as parcerias podem facilitar a inovação, e fazer com que sistemas e interfaces possam interagir para o ganho de produtividade. “A parceria é a soma de qualidades, cada um oferece o que tem de melhor. Um exemplo de parceria são consórcios que otimizam recursos, expandem o alcance geográfico e aumentam a produtividade. Temos exemplos de obras e também do nosso Programa Setorial, em que envolvemos os sistemistas, a AFEAL e a ABAL estão juntas na homologação dos sistemas para avaliarmos o desempenho em potencial, o que já é um meio caminho para o fabricante de esquadrias”, esclareceu.
Rodrigo Navarro, da Abramat, falou sobre as parcerias governamentais. “o governo não faze reunião com todos os empresários, ele pede às entidades que representam cada setor para que organizem suas sugestões e demandas. As entidades em parceria apresentam sugestões. Parceria é uma palavra-chave no mundo hoje. É compartilhar competências para agregar valor na co-criação de valor percebido”, finalizou.
Em virtude do próximo Encontro Nacional da Indústria de Esquadrias de Alumínio, o “Negócios da Construção”da próxima semana foi adiado.