Live “Virando o Jogo” trouxe tendências para 2021
A AFEAL promoveu na última terça-feira mais uma edição da live “Virando o Jogo”, desta vez, tendo como foco as principais tendências econômicas para 2021. Teve destaque a apresentação da diretora comercial da Tendências Consultoria Daniela de Pasqual, que abordou temas como a previsão do PIB para o ano que vem, SELIC, juros, política monetária, vendas de material de construção, reajuste de preços, custos, além do impacto da pandemia no mercado imobiliário e hipóteses de solução fiscal.
Também participaram do evento o presidente da AFEAL Alberto Cordeiro, o presidente da ABAL Milton Rego, o presidente da Abramat Rodrigo Navarro e o superintendente da Abividro Lucien Belmonte, que construíram um rico debate em torno do tema.
De maneira geral, o cenário é moderadamente otimista segundo Daniela. “Incertezas em relação à questão fiscal limitam a retomada. As incertezas domésticas somadas a elas fazem com que a gente veja para 2021 um ano de crescimento, mas moderado. Recuperação das economias mundiais e aqui um crescimento gradual do PIB. O auxílio emergencial dará espaço para redesenhar o Bolsa Família, não teremos a mesma massa de renda. A hipótese é uma pandemia sendo resolvida, uma certa acomodação da situação e normalização das atividades com o equacionamento da vacinação.”
Alberto Cordeiro elogiou o conteúdo da palestra para a tomada de decisão do associado AFEAL. O presidente da AFEAL conduziu o debate com dinamismo e entusiasmo.
Os debatedores levantaram diversas questões importantes durante a discussão. “A gente pegou um 2020 que achávamos que seria bom, depois tivemos a ideia de que seria próximo da catástrofe, depois em maio pensamos que seriam as “pragas do Egito”, foram vários anos dentro de um só. Olhando pra trás a gente consegue explicar várias coisas. O que a Denise falou um pouco também é sobre o emocional das pessoas. O que será o amanhã, descubra quem puder. Como vamos fazer investimento? Qual a taxa de retorno do investimento. Quando se fala de construção civil, compensa ir atrás disso. Como está o emocional das pessoas dado o médio, longo prazo?”, questionou Lucien da Abividro.
Rodrigo Navarro, da Abramat, comentou as tendências tendo como base o Termômetro Abramat, seus índices de produção e investimento. “Todos os pontos apresentados pela Denise fazem muito sentido. Não quero traçar nenhum cenário. Há uma diferença entre traça-lo e fazer um planejamento com o cenário. O que mais a gente tem são externalidades”, disse.
Milton Rego, da Abal, falou sobre o desempenho do setor do alumínio em 2020 e as projeções da ABAL para 2021. “Tivemos 4 trimestres completamente diferentes um do outro. Isso foi um reflexo também do mercado internacional. Vamos fechar o ano com queda. São 3 ou 4 os principais setores consumidores de alumínio, no Brasil correspondem a 85% do total. Transportes as fábricas todas pararam em mais de 30 dias e isso se propagou. Construção civil tivemos um terceiro trimestre aquecido. O setor de embalagens tivemos fechamento de bares e restaurantes e interrupção brusca de eventos. A compra de alimentos para os domicílios aumentou e isso contrabalanceou. Por fim a previsão é de queda de 4% e para o o ano que vem a previsão é de crescimento de 10,2%”, disse.
Para assistir a live na íntegra e conferir todos os detalhes da explanação de Daniela e do debate dos presidentes de algumas das associações de classe mais importantes do nosso segmento, clique no vídeo.
A apresentação de Daniela Pasqual também está disponível aqui (conteúdo exclusivo para associados).