Mais uma da série “De olho na Norma”: Desempenho Estrutural
A série “De olho na norma” traz essa semana o tema desempenho estrutural de esquadrias de alumínio. A ideia é facilitar o acesso dos fabricantes ao texto que estabelece requisitos de desempenho para os sistemas de portas, janelas, fachadas e guarda-corpos.
Lembrando que o texto da norma deve ser respeitado em sua integralidade no processo de fabricação dos produtos e as partes divulgadas na série servem apenas para manter os profissionais informados e vigilantes com o tema, que é de fundamental relevância para setor.
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Desempenho estrutural
Resistência às cargas uniformemente distribuídas, conforme ABNT NBR 10821-2
Pressão de ensaio
A esquadria (janela, porta de correr ou fachada-cortina) fabricada em aço, alumínio, madeira ou PVC, quando submetida à pressão prescrita para a região e número de pavimentos da edificação em que ela é utilizada, conforme ABNT NBR 10821-2, não pode apresentar:
a) ruptura ou colapso total ou parcial de quaisquer de seus componentes, incluindo o vidro;
b) desempenho deteriorado, quanto as condições de abertura e fechamento e a permeabilidade ao ar (quando for utilizado em edificações climatizadas);
c) deformações máximas ou residuais acima dos limites máximos estabelecidos pela ABNT NBR 10821-2:2016, ver 6.2.3.
Pressão de segurança
A esquadria (janela, porta de correr ou fachada-cortina) fabricada em aço, alumínio, madeira ou PVC, quando submetida à pressão prescrita para a região e número de pavimentos da edificação em que ela é utilizada, após a conclusão do ensaio, independentemente do dano causado a esquadria, não pode sofrer desprendimento total de nenhuma de suas partes.
As folhas móveis das esquadrias (janela, porta ou fachada-cortina) fabricadas em aço, alumínio, madeira ou PVC, de acordo com o seu tipo (ver item 4.1 Tipos de janelas, desta publicação), devem resistir às exigências e aos requisitos especificados para os ensaios que simulam os esforços de uso estabelecidos pela ABNT NBR 10821-2, item 6.2.4, sem que haja:
a) deformação residual superior acima dos limites máximos estabelecidos pela ABNT NBR
10821-2, ver 6.2.4;
b) fissura ou ruptura dos vidros;
c) deterioração de qualquer componente ou elementos de fixação (ruptura de solda, ruptura
de rebite, desprendimento total de parafuso e outros);
d) colapso da esquadria, ou seja, qualquer alteração vital no funcionamento do conjunto, dos componentes e/ou da estrutura da esquadria que coloque em risco o usuário ou terceiros.
As folhas móveis das esquadrias (janela, porta ou fachada-cortina), qualquer que seja a tipologia (movimento das folhas), devem suportar no mínimo 10 mil ciclos completos de abertura e fechamento. Após a realização do ensaio, o esforço aplicado, quando do fechamento, não pode ser maior que 50N e, quando da abertura, não pode ser maior que 100N.
Quando a esquadria for de movimento composto, devem ser ensaiados todos os possíveis movimentos sob ações repetidas de abertura e fechamento e os demais ensaios de resistência as operações de manuseio e de manutenção da segurança durante os ensaios de resistência as operações de manuseio.
Segurança nas operações de manuseio
As folhas móveis das esquadrias (janela, porta ou fachada-cortina) fabricadas em aço, alumínio, madeira ou PVC, de acordo com o seu tipo (ver item 4.1 Tipos de janelas, desta publicação), devem resistir às exigências e aos requisitos especificados para os ensaios que simulam os esforços de uso estabelecidos pela ABNT NBR 10821-2, item 6.2.5, sem que haja:
a) ruptura e/ou queda de qualquer componente, elementos de fixação ou de suas partes (ruptura de solda, ruptura de rebite, ruptura ou desprendimento total de parafuso);
b) ruptura dos vidros (o vidro pode apresentar fissuras, mas não pode ter nenhum fragmento desprendido), exceto no ensaio de impacto de corpo mole em portas de giro;
c) arrombamento da folha da porta de giro, no ensaio de impacto de corpo mole (ver 6.2.5.1 da ABNT NBR 10821-2:2016), no sentido da abertura.
Para a obtenção do nível de desempenho em portas de giro e pivotantes, são considerados os níveis de desempenho da Tabela 4 da ABNT NBR 10821-2, conforme a seguir:
Mínimo (M):
Um impacto de 180 Joules em cada face da folha da porta.
Intermediário (I):
Dois impactos consecutivos de 180 Joules em cada face da folha de porta.
Superior (S):
Três impactos consecutivos de 180 Joules em cada face da folha de porta.
São toleradas, durante a realização dos ensaios, as seguintes ocorrências:
- Afrouxamento dos componentes;
- Deformações nos perfis constituintes da esquadria.
- Queda de componentes de acabamento/decorativos (por exemplo, roseta ou espelho do cilindro).
Fonte: dados resumidos por meio do Manual de Esquadrias Residenciais da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).