CAIXA anuncia carência de 6 meses para novas obras
A CAIXA Econômica Federal anunciou na manhã desta quinta-feira, 9 de abril, diversas medidas de fomento ao setor da construção. Entre os principais destaques está a liberação de R$ 43 bilhões em dinheiro novo para o crédito imobiliário, o que, segundo Pedro Guimarães, presidente da entidade, permite que as empresas continuem trabalhando normalmente.
“São mais de 10 medidas. A mais impactante demonstra alinhamento com os clientes e as empresas. São 6 meses de carência para pessoa física e empresas para a compra de imóveis. Você vai fazer o pagamento no 7º mês. Isso é inédito na história e reforça a questão de equilíbrio entre os problemas de saúde e de economia”, disse em entrevista coletiva.
Outra medida é a postergação do pagamento as parcelas dos contratos em até 90 dias, ou a possibilidade de pagamento parcial das parcelas, facilidade que beneficiará um milhão e meio de famílias. A solicitação pode ser feita tanto pelo aplicativo da CAIXA, quanto pelo 0800. Isso também vale para os contratos das construtoras.
Outra ação voltada à pessoa jurídica permite que pequenas, medias e grandes construtoras com empreendimentos já ativos antecipem até 3 meses do cronograma para gerar liquidez e tranquilidade no fluxo de caixa para manutenção da obra. As construtoras que tinham contratos anteriores e não tinham utilizado ainda o financiamento, também poderão a partir da próxima segunda-feira voltar atrás e utilizar o recurso que ainda não foi utilizado.
Ainda de acordo com os porta-vozes da CAIXA, no cronograma físico financeiro, o empreendedor pode reescalonar a obra e reconfigurá-la sem nenhum pagamento adicional ao banco. O pagamento parcial de encargos também foi oferecido para as construtoras.
“Para os novos empreendimentos daremos também 180 dias de carência. O investimento dos empresários é muito alto, capital de giro para legalizar os terrenos, para que consiga fazer as contratações e iniciar as obras. Tanto para quem já é cliente quanto novas. Alem disso, antecipamos ate 20% do empreendimento no início da obra para não precisar usar recursos próprios”, disse Jair Mahl, vice-presidente de habitação da CAIXA. “Vamos manter o setor ativo e relevante para o PIB brasileiro”, acrescentou.
O presidente da CAIXA afirmou ainda que a entidade permanecerá atenta. “Se a crise ficar mais forte, estaremos estudando e poderemos sim ampliar as medidas. Já foram liberados no total R$ 154 bi em dinheiro novo, R$ 43 no segmento imobiliário. Estamos oferecendo tanto para quem está construindo, quanto para a pessoa que esta comprando. Com isso, esperamos manter 1,2 milhão de empregos.Temos um compromisso com as construtoras. Não aceitamos demissão e queremos proteção para o funcionário. Vamos evitar desemprego e falta de salário”, finalizou.