‘Ilha Afeal’

A ‘Ilha Afeal’, espaço multifuncional com 190 m2 construído na Fesqua 2006, superou as expectativas. Foi ponto de encontro de associados e visitantes, que contaram com orientações técnicas e jurídicas dos consultores da associação, em plantão permanente. O presidente Roberto Papaiz esteve presente diariamente, em contato com os associados e recebendo os palestrantes convidados. Até mesmo a reunião mensal do Programa Setorial da Qualidade de Esquadrias de Alumínio agendada para o auditório da ‘Ilha Afeal’, sob a coordenação da engenheira Fabiola Rago, foi bastante concorrida.

Cartão BNDES

O Cartão BNDES foi a linha de financiamento para a micro, pequena e
média empresas que mais atraiu o interesse dos empresários do setor de esquadrias de alumínio, durante palestra no auditório da ‘Ilha Afeal’, apresentada pelo Gerente Regional São Paulo, Paulo Mizushima. Operado pelo Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal, com as bandeiras Visa e MasterCard, o programa funciona nos moldes dos cartões de crédito convencionais. O crédito máximo é de R$ 250 mil para aquisição de máquinas, equipamentos e demais bens de produção, com prazos que vão de 12 a 36 meses para pagar. Implantado há um ano, já foram emitidos cerca de 90 mil cartões que dão acesso a 35 mil itens cadastrados. O acesso às informações e cadastramento é feito através do site do BNDES (www.cartaobndes.gov.br).

Extrudados x PIB

José Carlos Noronha, da CBA, falando na condição de coordenador do Comitê de Mercado de Construção Civil da ABAL, apresentou estatísticas que revelam o encolhimento do setor de perfis extrudados de alumínio no país, se comparado ao crescimento da construção civil. Aos fabricantes de caixilhos de alumínio sugeriu cinco linhas de ação para a retomada do crescimento do setor. Entre elas, a melhoria e diferenciação dos produtos com base nas normas técnicas, criando alternativas específicas para os segmentos de obras de baixo e alto padrão. “É fundamental certificar e homologar os produtos, através de programas da qualidade”, ressaltou. Quanto ao reposicionamento dos preços das esquadrias de alumínio, Noronha propõe envolver os consumidores, demonstrando o valor agregado desse item na construção – iniciativa que demandará ampla campanha de marketing.

Crescer juntos

As sugestões da Noronha foram bem recebidas pelo presidente da AFEAL, Roberto Papaiz. Ele lembrou que o Programa Setorial da Qualidade das Esquadrias de Alumínio criado há cinco anos e que, agora, conta com a co-gestão da ABAL, é um dos caminhos que conduzirão o setor ao crescimento, via qualidade comprovada. “Desenvolver junto ao consumidor uma cultura de esquadrias de qualidade exigirá o esforço conjunto, através de extensão e prolongada divulgação de mídia”, complementou Papaiz. Já o presidente da ABAL, Luis Carlos Loureiro Filho, pregou a necessidade de o setor produzir caixilhos econômicos, porém de qualidade. “Estamos no mesmo barco. Assim, ABAL e AFEAL têm a missão de conduzi-lo da melhor maneira possível”, afirmou, acrescentando que a construção civil está acreditando no crescimento. “Nós também temos que crescer”.

Uma visão crítica

O consultor Paulo Duarte substituiu a temática técnica que tanto domina em verdadeiras aulas sobre vidros, esquadrias e fachadas, por uma abordagem crítica do mercado. Para ele, as indústrias de esquadrias ainda pecam pela ausência de gestão empresarial e profissionalismo administrativo. “O resultado é a prática de preços irreais, a venda de serviços a um preço que não cobre os custos – porque não sabem calcular custos”, disse. As construtoras e os investidores, por sua vez, se aproveitam dessa situação e rebaixam o mercado. Mesmo quando desejam ‘o melhor’, as construtoras invariavelmente concluem que a especificação do consultor é cara, inviável. “Parece que o nosso setor é particularmente visado para ‘colaborar’ nas reduções de custos”. E, na ponta, o consumidor não sabe o que é qualidade, mas compra luxo. “Paga o que lhe for pedido por um mármore grego ou uma maçaneta folheada a ouro, mas não paga por uma esquadria decente”. A solução, para Paulo Duarte, está na organização do setor em torno da Afeal. “Façam-na melhor, não se omitam, participem, mudem”, recomendou.

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